Neste artigo: A História de Natascha Kampusch e Temas Para Conversas com Familiares e Amigos
Sinopse
A pequena Natascha Kampush era uma criança de 10 anos quando Wolfgang Priklopil, um engenheiro de telecomunicações de 36 anos a sequestrou no caminho da escola. O cubículo secreto onde a garota ficou presa tinha sido previamente preparado para ser à prova de som e era no porão de sua casa, em Strashoff. A detenção de Natascha durou longos oito anos no fim dos quais ela fez sua corajosa tentativa de fuga.
Sequestrada a Caminho da Escola
Natascha vivia uma rotina de uma família de pais separados desde muito pequena. Ela havia retornado à casa da mãe em Donaustadt, Viena, após o fim de semana com o pai na Hungria. No dia seguinte, 2 de março de 1998, ela retomou a rotina de acordar cedo, preparar sua mochila e assim partir a pé para a escola.
Intensa Busca Policial Para Encontrar a Garota
Após confirmado, o desaparecimento a polícia lançou uma grande investigação. Uma testemunha de 12 anos posteriormente relatou ter visto Natascha sendo arrastada por um homem a um carro branco, provavelmente uma van. Esta pista levou a polícia a vistoriar 776 vans da região. A van branca de Priklopil também foi revistada, mas a polícia não encontrou vestígios ou evidências que ela tinha sido usada no sequestro.
No interrogatório que se seguiu, o engenheiro alegou que estava fazendo reformas em sua casa e, portanto, precisava de um veículo grande para o transporte do entulho. A polícia achou a explicação convincente e o liberou. O fato de Natascha ainda portar seu passaporte levou a polícia a estender as investigações para além das fronteiras da Áustria, chegando à Hungria, na esperança de encontrar a criança no país onde tinha passado o fim de semana anterior ao desaparecimento.
Apesar de o impacto inicial ter sido grande, a história do sequestro foi deixando o noticiário e o assunto ficou completamente esquecido das pessoas não muito tempo depois. Durante os oito anos seguintes não se falava de Natascha Kampusch.
O Ambiente do Cárcere Secreto
No porão da casa Priklopil preparou para a garota que ele sequestrasse um quartinho secreto de 5 m² com grossas paredes de concreto à prova de som e sem janelas. O acesso à cela estava escondido atrás de um grande cofre.
Nos seis primeiros meses Natascha ficou enclausurada no porão. Mais tarde, enfim Wolfgang passou a permitir que ela ficasse no térreo da casa durante o dia. Ele a vigiava constantemente. Dizia à criança que havia explosivos nas janelas e a mataria com sua arma se ela tentasse fugir. Ele sempre colocava a garota de volta ao cubículo secreto do porão quando saía para trabalhar e para dormir.
Além de Natascha trabalhar na casa como escrava, Priklopil a forçou a raspar a cabeça e a maltratava fisicamente, batendo nela frequentemente. As surras eram muito severas. Com a finalidade de Natascha não ter forças para fugir, ele a fazia passar fome constantemente ao ponto de chegar a pesar menos de 38 kg aos 16 anos. Muitas vezes ele se algemava a ela enquanto dormia.
Uma Criança Isolada
Do lado psicológico Priklopil dizia que a família de Natascha tinha demonstrado que queriam se livrar dela porque se recusaram a pagar o resgate, segundo ele. Sua frase predileta era “Você não é mais Natascha. Agora você me pertence.”. Além de viver frustrada e sem esperança, Natascha era muito solitária. Com o intuito de aliviar sua solidão, ela improvisava brincadeiras com seu carcereiro e sempre pedia para estar em sua companhia. Natascha chegou ao ponto de pedir que ele a colocasse na cama, contasse uma história para dormir e desse um beijo de boa noite.
Natascha sempre tentou fugir do cativeiro. Fazer o máximo de barulho a fim de que chamasse atenção do exterior se mostrou ineficaz. Depois de muitas tentativas fracassadas de escapar do porão secreto, a garota decidiu preencher seu tempo com leituras e estudo. Ela leu vários livros e jornais e ouvia programas educacionais e música clássica no rádio.

Três Segundos Para Fugir… Ou Jamais
No oitavo ano de cárcere Wolfgang passou a permitir que ela fosse com ele para o lado de fora da casa, sempre a ameaçando de matá-la se ela se afastasse ou fizesse barulho. No dia 23 de agosto de 2006 Natascha estava no quintal com o fim de limpar o carro. Por volta das 13h o telefone de Priklopil tocou e por causa do barulho do aspirador ele teve que se afastar com o propósito de atender a chamada.
Enquanto ele atendia o telefone Natascha percebeu que inesperadamente estava sem ser vigiada. Mas não tinha muito tempo, “uns três segundos”, estimou. Foi o momento que ela utilizou para fugir. Ela correu o mais rápido que pôde atravessando ruas e pulando cercas de casas. Quando ocasionalmente encontrava alguém na rua logo começava a implorar para que chamasse a polícia. Para sua surpresa as pessoas se afastavam dela, provavelmente por causa de sua aparência magra, pálida e esfarrapada. Ela continuou correndo até chegar à uma casa e bater, aos gritos, nas janelas. Uma senhora de 71 anos, assustada, abriu a porta. A jovem na sua frente disse aos prantos: “Eu sou Natascha Kampusch”.
A polícia foi chamada e levou Natascha à delegacia. Posteriormente testes de DNA confirmaram sua identidade e mais tarde a polícia encontrou seu passaporte no cubículo onde ela estava encarcerada. Conforme o relatório de seus exames de saúde, em oito anos ela tinha crescido apenas 15 cm e pesava somente 48 kg – três a mais do que na época do desaparecimento.
A noticia se espalhou e agora Wolfgang Priklopil estava sendo procurado por toda polícia do país. Por isso ele fugiu para Viena e se jogou na frente de um trem próximo da estação Wien Nord.
Uma Vida Nova
Natascha impressionou por sua inteligência, senso critico e principalmente seu modo de se expressar bem articulado e com vasto vocabulário. Ela disse que sentia pena de Wolfgang e o considerava uma pessoa de “alma pequena”. Quando a informaram de sua morte ela chorou.
Desde sua libertação Natascha Kampusch escreveu livros, participou de entrevistas e compartilhou sua experiência traumática e sua jornada de recuperação. Atualmente ela dirige uma fundação que ajuda crianças e jovens que passaram por experiências similares à dela. Sua história é considerada um exemplo de resiliência e superação diante de uma situação extremamente desafiadora.
Você Pode Citar Este Post e Explorar os Seguintes Temas Quando Suas Conversas com Familiares ou Amigos Falar Sobre:
- Atitude: Para não sucumbir à solidão e ociosidade, Natascha leu vários livros e passou a ouvir programas educacionais e musica clássica. Como resultado, sua inteligência surpreendeu as autoridades.
- Foco: Natascha nunca se deu por vencida mesmo em uma situação tão desfavorável. Ela manteve o foco em fugir e aproveitar a primeira oportunidade que tivesse.
- Identidade: Natascha identificou a si mesma com seu próprio nome quando pediu socorro na casa da senhora de 71 anos. Essa é uma demonstração que ela preservou sua identidade, mesmo nunca tendo sido chamada pelo seu nome durante o cativeiro.
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