Explosão no Lado Escuro da Lua

Neste artigo: A Situação Crítica da Missão Apollo 13 e Temas Para Conversas com Familiares e Amigos

 

Sinopse  

Os astronautas da Apollo 13 estavam a 320 mil km da Terra quando a espaçonave ficou inoperável após  uma explosão. Eles se refugiaram no módulo lunar com o fim de economizar energia e oxigênio. Vários problemas se seguiram durante os quase quatro dias de órbita em torno da Lua para finalmente voltarem para casa.

A Missão 

Com a tarefa de explorar as formações perto da cratera de Fra Mauro a missão Apollo 13  seria a terceira espaçonave tripulada a pousar na Lua. Seu lançamento foi dia 11 de abril de 1970. O vôo tinha por comandante James A Lovell, John L “Jack” Swigert, piloto do módulo de comando, e Fred W Haïse, piloto do módulo lunar.

Na decolagem um motor desligou dois minutos antes do previsto durante o impulso do segundo estágio. No entanto, para compensar, quatro outros motores funcionaram por mais tempo e a nave alcançou a órbita. Mas então foi em 14 de abril que os astronautas ouviram um estrondo retumbante. Eles estavam a 321.860 km da Terra.

A Explosão

O estampido fez a tripulação pensar que talvez algum meteorito havia atingido a nave. Juntamente com a explosão houve uma pane nos sistemas elétricos e automaticamente os propulsores de controle de orientação entraram em funcionamento. Nessa hora o isolamento no tanque de oxigênio número 2 do módulo estava em chamas devido a um curto-circuito. Bem próxima ao tanque estava a estação de equipamento de suporte de vida e sistemas de energia e outros sistemas de módulo de comando.

Instinto de sobrevivência

O módulo lunar era uma cápsula que seria usada para transportar os astronautas para a superfície lunar e voltar. Ela estava do lado contrário à da explosão.
Com o incêndio em curso a pressão do tanque de oxigênio número 2 aumentou abruptamente o que o fez estourar e lançar destroços deste tanque em uma das antenas de comunicação. Agora todo contato com a Terra seria feito apenas por uma antena. O impacto também rompeu o tanque número 1 vazando a reserva de oxigênio para o espaço. Quase que instintivamente a tripulação desligou completamente o módulo de comando e correu para se instalar no módulo lunar.

Tentativas de Solução

O diretor da missão a cancelou de imediato. Toda a equipe em Terra agora trabalhava freneticamente para trazer os astronautas de volta para casa. A primeira alternativa seria reposicionar a nave para fazer a reentrada utilizando os motores do módulo de serviço mas como a nave já se encontrava dentro do campo gravitacional da Lua, os motores consumiriam quase que a totalidade do combustível e ainda não havia a garantia de alcançar a órbita da Terra.

Uma Decisão Difícil

Sem outra opção o Centro de Controle da Missão determinou que o módulo deveria utilizar a gravidade da Lua para ser arremessado em direção à Terra, passando pelo seu lado escuro, sem nenhum tipo de comunicação via rádio. Alguns disparos dos motores logo fizeram a espaçonave se alinhar à trajetória de retorno. Finalmente em uma viagem sem precedentes, a cápsula iniciou a volta em torno da Lua sob muita tensão da central de comando, das famílias dos astronautas e do mundo inteiro.
Nova trajetória de reentrada utilizando a gravidade da Lua. (Fonte: Nasa)
Nova trajetória de reentrada utilizando a gravidade da Lua. (Fonte: Nasa)

Mais Problemas à Vista

A bateria do módulo era suficiente para sustentar 2 pessoas por dois dias mas agora eram três pessoas em um trajeto de 4 dias para retornar à Terra. Com o fim de economizar energia somente os sistemas estritamente necessários permaneceram ligados. Como o ar poderia ficar tóxico rapidamente, os astronautas estavam utilizando o dióxido de lítio para eliminar o gás carbônico do ar, mas perceberam que não tinham o suficiente para toda a viagem. A reserva de dióxido de lítio seria o bastante mas o conector em forma de cubo não se encaixava no receptor cilíndrico do equipamento. Um problema que estava pondo em risco a vida dos viajantes.
A equipe de engenheiros da central de comando pôs-se a criar um adaptador tendo em conta o que os astronautas tinham disponível na cápsula. Depois de trabalho intenso a equipe começou a enviar por rádio as instruções detalhadas do que era preciso fazer para conectar o equipamento. Momentos de suspense antecederam o “funciona!” da tripulação. Grande festa em Terra e no espaço.
Dispositivo criado para tornar possível a respiração a bordo. (Fonte: Nasa)
Dispositivo criado para tornar possível a respiração a bordo. (Fonte: Nasa)

A Reentrada

A última barreira a vencer era ter uma reentrada segura uma vez que os astronautas estavam em uma cápsula que não tinha sido projetada para este fim. Todo tipo de acidente poderia acontecer e ceifar a vida da tripulação: do derretimento à explosão até a total desintegração do equipamento. Foi necessário então reestudar e adaptar a trajetória de reentrada.
Com a nova rota definida foi dado o sinal verde para o mergulho na atmosfera. Devido ao calor houve um blecaute no sistema de comunicação. O mundo inteiro que  acompanhava o feito ficou em suspense durante longos 4 minutos e meio, até voltar a receber o sinal de rádio dos astronautas. Alívio e alegria. A cápsula pousou a sudeste das Ilhas Samoa Americana no Oceano Pacífico. Eles havia chegado em casa.

Veja Sobre o que Falar Com Familiares e Amigos:

  • Criatividade: Montar um respirador com peças da nave demonstrou grande competência e engenhosidade da equipe em Terra. 
  • Física Complexa: Eles empregaram cálculos intrincados para determinar o ponto da órbita o qual módulo deveria entrar e, utilizando a gravidade da Lua, ser lançado à Terra . 
  • Trabalho Em Equipe: O formidável trabalho em conjunto dos cientistas com os astronautas no módulo os manteve vivos e os trouxe de volta.
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