Milagre no Hudson

Neste Artigo: Circunstância Extrema Em Pleno Voo e Temas Para Conversas com Familiares e Amigos

 

Sinopse   

Em Nova York, num dia comum de janeiro de 2009, pouco depois de decolar um piloto foi surpreendido com a colisão de seu avião com um grande bando de gansos, os quais muitos deles foram sugados pelas turbinas. Com o impacto, os motores pararam de funcionar e o avião começou a perder altitude. Ele teve que fazer prova de sangue frio e habilidade para pousar o avião no gelado rio Hudson e assim salvar toda a tripulação e 150 passageiros.

Tudo Conforme o Figurino

A manhã do dia 15 de janeiro de 2009 estava calma e fria em Nova York. Ainda que a média de temperatura era de -7°C, a excelente claridade dava perfeita condição para pousos e decolagens. O voo 1549 da US Airways era um voo doméstico que partia do Aeroporto Internacional LaGuardia em Nova York com destino à Charlotte/Douglas na Carolina do Norte. O piloto responsável era o capitão com 40 anos de experiência Chesley “Sully” Sullenberger, 57 anos e o copiloto Jeffrey Skiles, 49 anos, então novato com o Airbus A320. As comissárias Doreen Walsh, Sheila Daïl e Donna Dent completavam a tripulação. O avião tinha 150 passageiros. 
A torre de controle autorizou o voo às 15h25 pela pista 4. O copiloto Skiles conduziu o avião em sua decolagem suave. Faltavam ainda alguns procedimentos a fazer para alcançar a altitude de cruzeiro. No minuto seguinte, o trem de pouso foi retraído e a aeronave subiu rapidamente a 200m de altitude. Tudo estava indo bem no voo 1549 da US Airways daquela manhã.

Nuvem

Skiles estava prestes a fazer mais um procedimento para continuar a subida e aumentar a velocidade quando, de repente, uma grande nuvem de gansos da espécie canadense apareceu diante do avião. Devido à proximidade, não tinha como desviar deles nem fazer nenhuma manobra arriscada ou brusca. Somente seguir em frente. Por saber que o impacto era certo, o copiloto Skiles firmou o manche para que o avião passasse através do bando
O ganso canadense (Branta canadensis) é o maior ganso selvagem de sua espécie. Nativo das regiões temperadas da América do Norte e do Ártico, pesa de 3,5 a 6,5 kg e tem envergadura de 2,4 m. Não há muitos relatos de incidentes aeronáuticos com essa espécie.
Ganso canadense (Branta canadensis)
Ganso canadense (Branta canadensis)
Durante o impacto já se ouviu estrondos nas asas do avião e a visão exterior foi prejudicada pelo sangue das aves nos para-brisas da cabine. No interior, os passageiros viram fogo e fumaça saindo das turbinas. Os motores do A320 literalmente sugaram e trituraram as aves até ficarem emperrados e queimarem. A companhia fabricante da aeronave construiu os reatores com a capacidade de continuar a funcionar normalmente se sugasse algumas aves com o tamanho máximo de andorinhas. Mas os gansos, além de grandes e numerosos, tinham peso médio de 4,5 kg cada. Com o impacto, o acelerador das pás e a hélice foram danificados de tal forma que as turbinas pararam de funcionar. O avião que já tinha se elevado a 900 m começou a perder altitude.

Decisão a Sangue Frio

O capitão Sullenberger assumiu os controles. Por reflexo, o copiloto Skiles fez um procedimento com o fim de tentar ligar as turbinas. Logo em seguida ele verificou que os motores estavam fora de ação. Precisavam de um plano bem rápido nessa situação de urgência, pois estavam com o tanque cheio e voando sobre uma região metropolitana densamente povoada. A tripulação comunicou à torre: “Atingimos alguns pássaros e perdemos ambos os motores. Voltamos ao LaGuardia.”
Enquanto isso na cabine, depois do barulho, fumaça e turbulência os passageiros sabiam que havia um problema sério no avião e no entanto fizeram um silêncio profundo e inexplicável. Quando uma passageira ligou ao marido e começou a gritar: “Querido, meu avião está caindo! Meu avião está caindo!” alguns passageiros começaram a gritar e entrar em pânico, mas as comissárias conseguiram habilidosamente acalmá-los.
A torre autorizou o pouso na pista 13 do LaGuardia, mas Sullenberger respondeu que era uma distância muito longa para uma aeronave do porte do A320 planar. Imediatamente a torre solicitou autorização ao aeroporto de Teterboro em Nova Jersey, o que foi concedido. Mais uma vez, Sullenberger negou. Ele disse que havia um risco de uma queda catastrófica se rumasse para um ou para outro aeroporto. “Não podemos fazer isso. Vamos para o Hudson”. Ele fez a curva e seguiu para o rio.
Trajeto do voo 1549 US Airways
Trajeto do voo 1549 US Airways

Impacto 

Haviam se passado seis minutos de voo e agora eles tinham diante deles, como pista de pouso, o gelado rio Hudson. A gigante aeronave de 78 mil kg estava a apenas 275 m do solo e sem nenhuma propulsão. Em mensagem a todos, Sullenberger disse: “preparem-se para o impacto!”. A tripulação pediu aos passageiros que ficassem em posição de socorro. Os segundos se passavam e o rio Hudson vinha se aproximando.
À uma velocidade de 240 km/h o avião foi perdendo altitude por um minuto e meio até pousar violentamente de barriga nas águas geladas do rio Hudson. A aeronave ainda deslizaria algumas centenas de metros até parar perto do Sea-Air-Space Museum em Manhattan.
Com o choque a fuselagem foi danificada e a água gelada começou a entrar pela parte traseira, fazendo o avião afundar lentamente. Os comissários abriram rapidamente as portas dianteiras e ativaram os escorregadores infláveis. Pediram também a alguns passageiros para acionarem as saídas de emergência. Em geral os passageiros, entre eles um em cadeira de rodas, estavam calmos para evacuação apesar de a água começar a entrar na cabine mais rapidamente após a abertura das portas. Nesse meio tempo algumas balsas se aproximaram para ajudar. A polícia e os bombeiros chegaram 3 minutos depois.
Para certificar-se de que todos os passageiros e tripulantes tinham saído, o capitão Sullenberger percorreu toda a extensão da cabine. Posteriormente ele orientou a tripulação das balsas a pegarem alguns passageiros que estavam sobre a fuselagem e outros que estavam nos escorregadores.
O resgate dos 155 passageiros e tripulantes foi um sucesso. No evento do pouso no rio Hudson, houveram cinco feridos graves devido ao impacto com a água e setenta e três outros passageiros foram levados ao hospital com ferimentos leves e com hipotermia.

Honraria

O então presidente eleito Barack Obama citou que Sullenberger fez um “trabalho heroico e elegante no pouso do avião danificado”. E, após agradecer aos tripulantes, convidou a todos para estarem presentes na cerimônia presidencial de posse em Washington, D.C., cinco dias depois.

Veja Sobre o que Falar Com Familiares e Amigos:

  • Perícia: A realização de um pouso nas águas do rio Hudson demonstrou a excepcional habilidade do piloto Sully Sullenberger. Em um tempo muito curto para se tomar uma decisão, ele considerou fatores como prédios próximos, clima, velocidade e posição, além dos procedimentos para efetuar o pouso com segurança.
  • Gratidão: A tripulação e os passageiros reconheceram e valorizaram os esforços do piloto e da equipe de resgate em resolver a situaçao favoravelmente, com poucos feridos graves.
  • Trabalho em equipe: A equipe de resgate e a tripulação do avião trabalharam rapidamente e em sincronia para liberar todos os passageiros. Isso deu segurança, agilidade e eficiência no trabalho.
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