Neste Artigo: Um Jovem e Uma Missão Difícil e Temas Para Conversas com Familiares e Amigos
Sinopse
Trafalgar era uma grande embarcação que fazia uma viagem das Índias Orientais Holandesas à Austrália no ano de 1893. Durante o trajeto, uma misteriosa febre matou dois oficiais de comando. O adolescente William Shotton, de apenas 18 anos, era o último oficial vivo e ele teve a difícil tarefa de conduzir o navio em meio à doença, motim, tempestades e mau tempo até o destino, a 5200 km de distância.
Viagem Turbulenta
Nunca se tinha tido notícia de uma febre tão devastadora. Os oficiais caíram, um a um, em questão de horas. Depois de dores lancinantes eles ficavam confusos e atordoados até perderem a consciência e morriam logo depois. A tripulação de 23 homens assistiu atônita seus dois principais comandantes sucumbirem sem saberem o que fazer ou se seriam os próximos alvos da febre. Restou a William, o terceiro oficial no comando, assumir o navio e coordenar toda essa situação.
O Trafalgar era um imenso navio de ferro com quatro mastros. Construído na cidade de Glasgow em 1877, media 83m de comprimento e 12 m de largura. Para operá-lo era preciso necessariamente de uma tripulação de 27 pessoas, das quais uma seria o capitão e mais três oficiais.

No verão de 1893 o navio havia partido rumo à Jacarta (então chamada de Batávia), nas Índias Orientais Holandesas – hoje parte da Indonésia – com um grande carregamento de querosene. Chegando à cidade depois de uma longa viagem, eles confirmaram a fama de cidade suja e repleta de focos de doenças. A tripulação recebeu a recomendação de não desembarcar, tal o nível de infecção na antiga cidade cercada de pântanos. Mas não foi preciso muito tempo no porto e o capitão Edgar começou a manifestar os sintomas da febre de Java. Ele sofreu horrivelmente durante uma hora, até que o oficial-chefe foi buscar ajuda médica na estação holandesa. O capitão Edgar morreu duas horas depois.

Seguindo Para a Austrália
Não se passou muito tempo e alguns tripulantes relataram desconforto e mal-estar. O novo capitão Richard Roberts, aterrorizado, decidiu partir para a Austrália imediatamente, não querendo ficar em Jacarta nem mais por um minuto. Logo ao partir, um marinheiro morreu devido à febre. O capitão Richard Roberts adoeceu e sucumbiu em apenas uma hora. O primeiro imediato, Sir Norwood, que já estava manifestando a doença, perdeu a consciência e morreu em seguida.
Ao terceiro-oficial foi dado o comando do navio. Tratava-se do adolescente William Shotton, um jovem de 18 anos que tinha completado a formação, mas não tinha nenhuma experiência. Apresentou-se para ajudá-lo Hugh Kennedy, um veleiro a bordo que tinha somente uma noção vaga de navegação.
Solução Inteligente
A tripulação estava aterrorizada. Shotton colocou todos em isolamento e enfrentou uma tentativa de motim logo depois que o cozinheiro passou mal e morreu. Em relato posterior, William Shotton disse: “Eu dei ordens, mas eles não obedeceram. Eu não liguei, falei para eles: ‘Se você não gosta de trabalhar não precisa. Isso tem que ser feito, e se você não fizer isso, não posso evitar;’ e, como não o fizeram, fiz o meu melhor.”. Eles estavam ainda há muitos dias de viagem até chegar à Austrália.
William demonstrou grande maturidade para um adolescente quando começou a avaliar o terror da tripulação, concluindo que seus medos tinham por base algumas superstições. Ele então tomou uma atitude para desviar a atenção e poder continuar a conduzir o navio: instalou uma lâmpada no quarto no final do corredor que eles pensavam ser assombrado. Os homens ficaram literalmente vigiando de longe a luz que saia do quarto. O jovem comandante estava confiante e até rejeitou uma proposta de desembarcar em Fremantle. Decidiu firmemente seguir a Melbourne.
Perigo à Vista
Chegou o mês de dezembro e eles estavam se aproximando da costa australiana quando Shotton viu ao longe as nuvens negras de uma grande tempestade que se aproximava. Sua decisão foi ordenar aos homens que não estavam doentes que fossem ao convés para controlar as velas e assim tentar fugir da tormenta. Ondas enormes e vento em fúria assolaram o navio, mas eles conseguiram sair da rota da tempestade. Mesmo assim, algumas velas ficaram bem danificadas. Na semana anterior ao Natal eles seguiram pela costa e finalmente chegaram a Port Phillip.

Homenagens
William Shotton recebeu a Medalha de Prata Lloyd’s por sua coragem e intrepidez na condução do navio em circunstâncias tão árduas. Chegou a ser presenteado com uma corrente e um relógio de ouro, além de ter sido capa dos principais jornais do mundo. Ele mesmo reagiu com surpresa a tanto reconhecimento pois ele tinha para si que havia apenas cumprido seu dever. Sua saga foi retratada em um livro que foi best seller na época.
Veja os Interessantes Temas Deste Post Para Conversar Com Familiares e Amigos:
- Brio: William Shotton não recuou à responsabilidade de conduzir um imenso navio em meio à doença e motins. Ele não tinha ideia do que viria pela frente, nem se seria capaz de completar a missão, mas mesmo assim manteve-se firme da tarefa.
- Capacidade Emocional: Shotton, apesar da pouca idade e nenhuma experiência, demonstrou saber enfrentar situações sob pressão. Ele manteve a calma e discenimento para tomar decisões em meio à insubordinação da tripulação.
- Humildade: William Shotton ficou desconcertado e impressionado com a repercussão do feito de conseguir levar o navio ao destino mesmo numa situação tao crítica. Ele fez o seu trabalho sem se ater às dificuldades da empreitada.
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