Neste artigo: O Maior Resgate da História e Temas Para Conversas com Familiares e Amigos
Sinopse
Uma prova de sobrevivência ao extremo: 33 homens isolados durante dois meses a 700 m de profundidade numa mina desabada! Uma operação de resgate jamais vista trouxe à tona cada um dos mineiros.
Debaixo Da Terra
Em 5 de agosto de 2010 uma equipe de 33 trabalhadores liderada pelo experiente mineiro Luis Urzua apresentou-se para mais um dia comum de trabalho na Mina São José, no Chile. Às 14h daquele dia ouviu-se um estrondo em uma das galerias próximas de onde estavam a qual colapsou completamente. O estouro e a incomum quantidade de poeira espessa logo mostraram que algo muito grave havia acontecido. Um outro grupo de mineiros que estava trabalhando a centenas de metros acima logo evacuou do local mas o grupo de Urzua teve todas as rotas de fuga bloqueadas.
A centenária Mina de São José era conhecida por ser perigosa e também foi palco de vários outros acidentes que causaram muitos feridos e uma morte. Para liberar o funcionamento os operadores prometeram ao governo melhorar a segurança da mina mas não cumpriram a promessa.
Urzua tomou a frente do grupo e pensou em subir às galerias superiores pelas escadas que estavam previstas nos poços de ventilação. Ele prontamente conduziu os homens ao local mas constatou que a mineradora não havia instalado as escadas. Regressaram então ao abrigo inicial e começaram a organizar um racionamento de mantimentos. Como imaginavam que o resgate demoraria a chegar todos se empenharam a fortalecer a moral dos companheiros.
Primeiras Tentativas de Resgate
Encravada em pleno deserto do Atacama a mina de São José é o tipo de mina construída em espiral, o que aumenta em muito a distância percorrida tanto para descer quanto para sair. Os mineiros estavam a 700 m da superfície mas para chegar até o local do desabamento era preciso percorrer 5 km pelos túneis. As equipes de resgate tentaram acessar os mesmos poços de ventilação que que os mineiros tentaram mas a estrutura estava instável, colocando em risco a vida dos socorristas. Houve um segundo desabamento quando as máquinas pesadas tentaram limpar os destroços.
Sem saber exatamente onde os homens estavam nem ao menos se estavam vivos a equipe de resgate usou primeiramente uma plataforma de perfuração que avançava em média apenas 40 m por dia devido à rocha ser extremamente dura. Como a abertura feita pela perfuradora era de apenas 15cm de diâmetro os engenheiros pensaram em utilizar oito plataformas para ter um túnel de no mínimo 66cm de diâmetro, que seria a largura suficiente para enviar mantimentos, água e medicamentos e depois trazer os mineiros à superfície por uma cápsula de resgate.

Vida cotidiana a 700m de profundidade
O abrigo de emergência era um espaço de apenas 50 m2 rodeado de 2 km de galeria e túneis abaixo dele. Com a finalidade de encontrar água eles escavaram as paredes e esvaziaram os radiadores dos veículos que estavam no túnel. As baterias dos caminhões serviram para carregar as luzes dos capacetes. Para alimentar-se cada um recebia duas colheres de óleo de atum, um gole de leite, um biscoito e um pedaço de pêssego. Esse provimento deveria durar 48 horas. Consequentemente cada homem perdeu em média 8kg ao ser resgatado. O ambiente era escuro e úmido. Eles se apoiavam mutualmente e tinham tarefas bem determinadas de manutenção e limpeza.
Primeiros Contatos
Após duas semanas de trabalho intenso uma das sondas inesperadamente parou de furar a rocha e estava girando no vazio. Eles haviam alcançado uma galeria. Três dias depois outra sonda completou a profundidade de 688m. Ao retirar a broca os engenheiros ficaram surpresos quando viram um papel preso com fita isolante com os dizeres: “Estamos bem no refúgio. Todos os 33.” A perplexidade e euforia tomaram conta da equipe na superfície.
Agora estavam abertos canais de comunicação e de envio de ajuda aos mineiros. O Presidente Sebastian Piñeda mantinha contato com eles quase que diariamente, quando não estava nos bastidores negociando a confecção e entrega de uma cápsula que pudesse resgatá-los. Enviaram pequenos pacotes de mensagens e também medicamentos. O tempo de trajeto de descida de cada cápsula era de uma hora. A broca havia furado uma galeria há aproximadamente 20m do abrigo. O grupo recebeu lâmpadas fluorescentes com temporizadores para poderem seguir a programação diurna e noturna. Para ficarem sempre mentalmente ativos, dividiram-se as tarefas em turnos de oito horas para garantir a comunicação, limpeza e segurança da mina.
A Preparação e o Resgate
O furo teve que ser expandido para que um homem pudesse subir por uma cápsula a qual chamaram Fênix. Esse foi um trabalho longo e usaram vários tipos de brocas. Havia o perigo de alguma delas quebrar e se soltar da haste durante a expansão, o que seria uma catástrofe. Se isso acontecesse o buraco ficaria bloqueado e todo trabalho estaria perdido.
Uma vez finalizado o aumento da passagem vários socorristas desceram ao abrigo com o fim de verificar as condições de saúde dos homens e se certificarem que o resgate seria seguro. Concluíram que ele não tinham problemas graves de saúde e que os homens estavam muito cansados e subnutridos.

A Subida Final
Os trabalhos de perfuração enfim terminaram no início de outubro. Após os últimos ajustes marcou-se o dia 12 para começar a retirada dos mineiros do abrigo subterrâneo. Os quatro homens mais saudáveis subiram primeiro a fim de relatar as condições de saúde dos mais frágeis à equipe médica. Enviaram medicamentos e alimentos especialmente para recuperar a saúde desses.
O ritual de subida consistia em fazer uma dieta líquida rica em carboidratos, potássio e minerais seis horas antes da partida. Pouco antes de entrar na cápsula cada homem deveria primeiramente vestir-se com uma roupa especial anti-humidade e então usar óculos escuros para prevenir de danos aos olhos quando forem expostos à luz da superfície. A cápsula subia a 1 metro por segundo e fazia o trajeto no tempo médio de 14 minutos.
O resgate mais esperado foi o de Luiz Urzua o líder do grupo, que foi o último a subir. Em um vídeo gravado anteriormente ele havia prometido ao Presidente chileno Sebastian Piñeda que entregaria todos os 33 homens às suas famílias e ao país. Sua chegada à superfície foi a mais aguardada e celebrada pelas equipes, pelo Presidente e famílias presentes. Mais de um bilhão de pessoas no mundo todo assistiram a transmissão ao vivo do resgate.
Veja Sobre o que Falar Com Familiares e Amigos:
- Competência: O resgate considerado um dos mais complexos e perigosos da história foi executado com extrema competência e habilidade dos agentes do governo chileno e da empresa mineradora. Apesar dos grandes desafios técnicos e logísticos para alcançar os mineiros e trazê-los em segurança à superficie, esses obstáculos foram superados.
- Moral Elevado: Os 33 mineiros mantiveram a esperança de serem resgatados durante os mais de dois meses presos na mina desabada. Eles fizeram grande prova de otimismo, o que foi primordial para preservar suas emoções e saúde mental.
- Resiliência: Mesmo diante da situação tão desafiadora de enfrentar isolamento, os mineiros revelaram uma capacidade de superação impressionante, sendo cooperativos e confiantes que seriam resgatados, mesmo nos momentos que não havia nenhuma previsão de resgate.
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